Seja Bem Vindos / Welcome

quarta-feira, 24 de junho de 2009


O inimigo nos ataca pelos sentidos

O inimigo tem prazer em nos atacar pelos sentidos. Ele nos pega pela gula do comer, do beber, pelos aromas, por todas as formas de sentir, principalmente, pela sexualidade. Vivemos num ambiente repleto de sensualidade. É como se tivéssemos esquecido o gás aberto em casa. Para dissipá-lo é preciso tomar muito cuidado. Não se pode produzir nenhuma faísca, muito menos riscar um fósforo, senão explode tudo; e a primeira pessoa a ser atingida é você. Infelizmente, hoje, o ar em que vivemos está carregado desse “gás”, porque, estamos cercados por um clima de sensualidade, que nos atinge pelos olhos, ouvidos... O ambiente está formado, nossa natureza reage e o inimigo investe pesado nela.
Na hora em que você “der bobeira” e “riscar o fósforo”, vai explodir e pegar fogo. Nenhum de nós pode facilitar, homem ou mulher, jovem ou idoso. Todos somos vulneráveis. Precisamos mortificar nossos olhos porque pecamos muito por meio deles. O pecado entra pela visão, mas atinge, em cadeia, a fantasia, os sentimentos, a vontade e nossos atos. Ou os combatemos ou eles tomam contam do nosso ser.
Padre Raniero Cantalamessa diz que Deus nos deu os olhos para ver, mas nos deu também as pálpebras para fechá-los. Se não for possível fechá-los, pelo menos desvie os olhos.
Quanta sensualidade entra também pelos nossos ouvidos por intermédio das músicas, das piadas, das conversas... Precisamos igualmente “fechar” nossos ouvidos.
Ou mortificamos nosso “homem velho”, nossa carne, ou nos arruinamos. Em questão de sexualidade, o segredo é fugir da ocasião. É o que acontece com as bactérias: se há alimento e clima, elas se alastram, multiplicam-se rapidamente e acontece a infecção: a doença. Basta ter alimento e clima. Para que isso não aconteça, você precisa tirar tanto uma, como outra coisa. A única maneira de vencer nossa sexualidade é não alimentá-la com vídeos, filmes, novelas, músicas, revistas, piadas...
A mortificação não é tão difícil quanto se pensa.
Pode-se mortificar a gula renunciando ao cafezinho, ao refrigerante, à bebida, aos doces, ao cigarro... “Não te deixes arrastar por teus desejos, e refreia as tuas concupiscências. Se concederes a satisfação de teus desejos, isto fará de ti o escárnio de teus inimigos. Não ponhas tua alegria numa vida de prazer, e não te obrigarás a pagar-lhe os custos” (Eclesiástico 18, 30-31).
Peça auxílio ao Senhor:
Piedade, Senhor! Reconheço que necessito de Tua graça.
Muda minha mente, minha disposição. Dá-me força de vontade. Preciso me mortificar: dar morte a esta velha natureza.
A criatura humana renovada, enxertada por Ti, vai ressuscitar, crescer, florescer e frutificar. É isso que eu quero, Senhor.
O inimigo já me enganou demais! Não posso mais permitir. Hoje me comprometo Contigo. Digo “não” ao pecado!
Vou mortificar minha carne, meus olhos, meus ouvidos, meu tato, minha gula, minha fantasia, minha imaginação e meus sentimentos. Vou ocupar meu tempo. Não vou ficar sem fazer nada, no ócio; não vou favorecer o “clima” e dar alimento à minha sensualidade.
Quero e me decido a mudar o rumo de minha vida. Dá-me Tua graça. Sei que ela não vai falhar. Declaro que este é o meu querer, para que eu seja vitorioso como o Senhor foi vitorioso nas tentações. Meu Senhor e meu Deus, eu confio em Ti. Amém.
Trecho do livro “Combatentes na provação” monsenhor Jonas Abib