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terça-feira, 2 de junho de 2009

Se eles calarem, as pedras falarão


Alguns homens passam pela vida sem deixarem rastros profundos de suas pegadas, outros, deixam grandes marcas por onde passam, dignas de serem imitados por nós meros espectadores. Infelizmente, essas marcas deixadas, deveriam ser propagadas intensamente pela imprensa, porém, muitas delas, são ocultadas aos olhos do mundo. Por isso, quero fazer minha as palavras de Jesus: “Se estes se calarem, as pedras falarão.” Nesse artigo, tentarei falar um pouco da vida de duas grandes rochas da santa Igreja Católica Apostólica Romana; são eles: padre Tiago Menelli, da Diocese de Jataí, e padre Luiz Augusto Ferreira da Silva, Arquidiocese de Goiânia. Dois homens considerados por muitos como radicais em suas ações, mas como diz São Mateus: “Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam.” Presbíteros que trabalharam e ainda trabalham intensamente e incansavelmente pela concretização do reino de Deus aqui na terra, doando-se como velas vivas que se queimam dia após dia no altar de Cristo. Esses dois sacerdotes me fizeram lembrar uma frase inesquecível proferida em um retiro por um magno provincial redentorista, padre Fábio Bento da Costa, que disse: “Se minha vida não diz nada não são minhas palavras que irão dizer.” Citei tal frase no intuito de frisar antecipadamente que as vidas desses dois servos do Senhor, as quais conheço, dizem mais que suas próprias palavras e só não escutam as palavras que suas vidas falam aqueles a quais persistem em viver na surdez e no fechamento para a graça de Deus. Quando Jesus disse: “Tive fome e me deste de comer; tive sede e me deste de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e vieste a mim”; com certeza, Cristo estava falando também desses dois sacerdotes que também foram e continua indo ao encontro dos doentes, presos, marginalizados, viciados, pecadores etc., pois são nessas pessoas que se encontra o Cristo sofredor. Para que o leitor conheça um pouco mais da vida e do ministério de cada um dos padres citados apresentarei um breve histórico de suas marcas até agora deixadas. Padre Tiago Menelli nasceu no dia 28 de novembro de 1930 em Massachusetts, EUA. Veio para o Brasil em 1963, onde em 9 de abril de 1965 ordenou-se sacerdote na cidade de Jataí, diocese da mesma cidade. Exerceu o ministério sacerdotal na Paróquia Divino Espírito Santo e também na Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Serranópolis, no período de 1980 a 1993, nesse mesmo período, atendeu a cidade de Aporé. Em Jataí, residiam muitos hansenianos e tuberculosos próximos à sua paróquia, tais pessoas eram excluídas e muito marginalizadas. Com a ajuda da Diocese de Jataí, doações de comunidades e de fazendeiros, padre Tiago ajudava esses doentes. Conseguiu também com a diocese o mérito de dar “posse” dos terrenos aos hansenianos e suas famílias. Quanto ao tratamento dos doentes, encaminhava os casos mais graves à Colônia Santa Marta, em Goiânia, já os tuberculosos eram encaminhados a clínicas especializadas, foram muitas as viagens que esse servo de Deus realizou antigamente até o poder público assumir tais responsabilidades. Em 1966, quando ainda era vigário da Paróquia Divino Espírito Santo, fundou a Conferência Vicentina do Espírito Santo de Jataí, diante do ardente desejo de ajudar aqueles a quais sofriam graves enfermidades. Em 1975, o magno dom Benedito Domingos Cóscia, bispo de Jataí na época, atualmente falecido, doou aos cuidados de pe. Tiago um terreno, que foi utilizado para construção de um centro comunitário para o acolhimento dos hansenianos para terem uma vida mais digna. Neste mesmo local, foi construído também um armazém comunitário e uma capela. Por exercer seu ministério em favor dos mais carentes e necessitados, impulsionado pelo poder do Espírito Santo, zelo apostólico e desprendimento de si mesmo, esse sacerdote saía às ruas e aos comércios da cidade para pedir camas, móveis, utensílios, roupas e alimentos para aqueles que mais precisavam, pois, ele realizava tal ofício por amor a Deus e ao próximo que Cristo tanto amou. Em 1991, foi realizado um convênio de prestação de serviços entre o centro comunitário e o governo federal, através do Sistema Único de Saúde (SUS), para atendimento médico. Desde então, ele passou a se chamar Clínica Vicentina de Jataí. Já em 1998, foi conferida uma merecida homenagem ao reverendíssimo padre Tiago Menelli, dando o seu nome à clínica, passando a se chamar Hospital Padre Tiago. Atualmente, padre Tiago continua celebrando o Grande Mistério de Cristo, a Santa Missa, na capela junto ao hospital e também atendendo como diretor espiritual no mesmo. Levando Cristo vivo aos enfermos na Eucaristia e também vivendo uma vida santa e consagrada totalmente ao Senhor. Muito conhecido pelo seu trabalho, realizado na paróquia Sagrada Família (Vila Canaã) e na Capela Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa e também por coordenar a Comunidade de Evangelização Luz da Vida, padre Luiz Augusto Ferreira da Silva nasceu na cidade de Rio Verde (GO), no dia 15 de abril de 1960. Aos 19 anos, veio para Goiânia onde se formou em Letras e Direito, depois se especializando em Teoria Geral do Direito. Em 1982, começou a participar do grupo de oração Maria de Nazaré na Catedral Metropolitana de Goiânia, onde descobriu sua vocação ao sacerdócio. Entrou para o seminário Agostiniano permanecendo lá por um ano. Passando algum tempo, conheceu a Comunidade Canção Nova, onde teve sua primeira experiência de vida comunitária. Concluiu o curso de Teologia no Instituto Sagrado Coração de Jesus em Taubaté (SP). De volta a Goiânia, foi ordenado diácono e começou a exercer a diaconia na Paróquia Sagrada Família ao lado do pe. Leonir. Foi ordenado sacerdote em 1º de outubro de 1995, tendo o seguinte lema sacerdotal: “Eu vim para servir e não para ser servido.” Logo, foi nomeado administrador paroquial da Sagrada Família pelo arcebispo dom Antônio Ribeiro de Oliveira no dia 21 de março de 1996. Atualmente, padre Luiz continua firme frente a essa grande paróquia e ao seu lema sacerdotal. Hoje, a Paróquia Sagrada Família encontra-se em processo de construção, pois sua estrutura já não suportava a quantidade de fiéis que ali iam louvar a Deus pelas suas vidas transformadas por Cristo Jesus. São tantos os testemunhos que se eu fosse enumerar aqui não caberia nesse espaço e nem tão pouco no jornal inteiro, pois cada um que pisa nesse Território Santo, Deus concede a graça de uma experiência pessoal com seu Filho Jesus e dali, sair totalmente renovado pela intercessão da Virgem Maria Mãe de Deus. A paróquia é composta de: grupos de oração, de serviço, ação social, missões, de evangelização, enfim, é uma grande família onde o Evangelho é proclamado e vivido realmente. Juntamente com o fundador da Comunidade de Evangelização Luz da Vida, Luiz Antônio, padre Luiz Augusto e os consagrados dessa comunidade têm a missão de fazer brilhar a luz de Deus no coração das famílias através dos meios de comunicação social, grupos de oração, retiros, seminários, catequese e projetos sociais como: Juventude na Luz; Família do Céu aqui na Terra; Menino Jesus; Espiritualidade da Providência e Luz que Liberta; sem falar que a comunidade Luz da Vida desenvolve ainda um importante trabalho de evangelização através da rádio (Luz da Vida FM 90,7), TV, internet e revista Luz da Vida. Portanto, não preciso dizer mais nada desses dois grandes sacerdotes da igreja, pois suas obras já dizem tudo. Sabemos que existem milhares de padres iguais a eles espalhados pelo Brasil e pelo mundo, doando suas vidas incansavelmente para implantar o Reino de Deus aqui na terra. Peçamos, então, que o Senhor da Messe suscite vocações segundo o coração Sagrado de Cristo, para que ao avistarmos tais sacerdotes sejamos impulsionados à imediata conversão, também, por méritos de seus exemplos, pois nos arrasta para Cristo Jesus. Amém. 

Por: Wander Venerio Cardoso de Freitas

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