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sábado, 15 de agosto de 2009

Reverendíssimo Benedito Domingos Vito Coscia, O.F.M.























Lembranças de um sacerdote simples e amoroso: Toda uma vida de celebração e evangelização Reverendíssimo Benedito Domingos Vito Coscia, O.F.M. 10 de agosto de 1922 – 30 de abril de 2008 Queridas Irmãs e caros Afiliados, Com a notícia do falecimento do bispo Dom Benedito Coscia, O.F.M., nossa Irmã Tiziana sugeriu publicarmos reflexões das nossas Irmãs sobre a vida desse servo de Deus que convidou as Irmãs Franciscanas dos Pobres a missionar no Brasil em 1960, e permaneceu sempre um tão grande amigo da nossa Congregação. Partilhamos a seguir essas reflexões acompanhadas de alguns detalhes biográficos. Unida em Madre Francisca, Irmã Mary Veronica Donohue, SFP Conselheira Congregacional Sua Vida . . . Dom Benedito Domingos Vito Coscia, OFM, Nasceu em Brooklyn, NY, nos Estados Unidos, no dia 10 de agosto de 1922. Fez profissão religiosa em 1943 e foi ordenado em 1949. Foi professor elementar na Public School 104 (1928-1935), e secundário na Immaculata High School (1935-1939), e no St. Francis College em Brooklyn, NY (1939-1941). Formou-se em Filosofia pelo St. Bonaventure College, Olean-NY (1943-1945) e em Teologia pelo Holy Name College em Washington, DC (1945-1949). Fez Mestrado em História da América Latina (1945-1948) e recebeu título de doutor Honoris Causa do St. Francis College e do St. Bonaventure College. Enviado ao Brasil em 1950, ele serviu inicialmente como Vigário Paroquial em Anápolis, Goiás, por sete anos e, de 1957-1961, como Pároco, professor do nível secundário e superior do convento OFM em Pires do Rio, Goiás. Sua ordenação episcopal teve lugar em Brooklyn a 21 de setembro de 1961. Retornando ao Brasil, tornou-se Bispo de Jataí, Goiás, de 1961-1965. Foi nessa época que ele convidou as Irmãs Franciscanas dos Pobres a abrirem uma missão no Brasil, recebendo pessoalmente nossas Irmãs pioneiras em Pires do Rio. Aposentado a 24 de fevereiro de 1999, manteve o título de Bispo Emérito de Jataí, residindo em Goiânia. Esperávamos com alegria a participação de Dom Benedito como celebrante durante o nosso Capítulo Geral de 2008, ocasião em que será lembrado por nossas Irmãs com carinho e gratidão. Carta aos Religiosose à Seção Centro Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil 30 de abril de 2008 Caras Irmãs Recebemos, com pesar, a comunicação do falecimento do nosso querido Pai e Irmão, Dom Benedito! Oferecemos nossas orações e solidariedade para Dom Aloísio Hilário de Pinho, FDP, Bispo de Jataí, o clero, os(as) religiosos(as) e todo o povo da Igreja Particular de Jataí, os frades franciscanos e milhares de amigos(as) e admiradores(as) de Dom Benedito. Dom Benedito foi um verdadeiro franciscano, um discípulo missionário de Jesus Cristo! Deixou muitas marcas históricas na construção do Reino de Deus na Diocese de Jataí e em todo o Regional Centro Oeste da CNBB. Tinha um incrível "mistura" de pragmatismo, intuição e inteligência e também um senso crítico bastante agudo.. Implementou imediatamente as propostas do Vaticano II (principalmente no estudo dos documentos Lumen Gentium e Gaudium et Spes e na Liturgia), do qual foi um dos "padres conciliares". Tinha um admirável relacionamento com os Núncios Apostólicos (em parte, por ser filho de italianos e falar a língua deles, mas também por causa da sua diplomacia e firmeza), o que contribuiu para que ele conseguisse "fazer" pelo menos seis bispos. Sua memória fantástica era muito famosa (inclusive, ele tinha dificuldade em esquecer o que considerava de ofensas ou afrontos). Tinha muito amor aos doentes, visitando-os constantemente (já como seminarista, durante sua missão como Bispo de Jataí e, depois como Bispo Emérito) os hospitais. Trabalhou muito na área social – especialmente na saúde, (instituindo uma kombi como unidade móvel para a zona rural), nos orfanatos, creches, etc. Promoveu, com muito êxito, os "Voluntários do Papa" e seu trabalho na área de comunicações foi excelente nas rádios em Jataí e Santa Helena e nas sérias tentativas em Mineiros e Quirinópolis onde o nosso trabalho foi co-optado por políticos. Promoveu fortemente o Diaconato Permanente e, como formação dos leigos(as), os Cursilhos de Cristandade. Construiu e incentivou a construção de Centros de Treinamento de Líderes, que ele chamava de "Universidades para Analfabetos". Trouxe sua irmã, “Miss Grace” dos Estados Unidos, onde ela era Comandante na Marinha, um trabalho bem remunerado, para gerenciar o Centro de Treinamento, onde ela, com muita eficiência e competência, organizava e conduzia muitos cursos, especialmente de promoção humana e outros eventos, com uma “mão de ferro”. Era impressionante seu carinhoso respeito e amor filial para com sua mãe, Dona Angelina, matriarca bem italiana. Infelizmente, não dá para citar tudo o que ele fez, mas eu, pessoalmente, sou extremamente grato, e ele por ter servido de exemplo para mim em muitas coisas que tenho feito como bispo da Prelazia de Cristalândia Por exemplo, jamais esquecerei de um conselho que ele me deu, na época, padre novo, começando a respirar o “ar novo” do Concílio Vaticano II, lançado pelo saudoso e santo Papa João XXIII, quando eu o consultei sobre uma questão pastoral. Ele respondeu mais ou menos assim: “Tente tudo. Se alguma coisa não der certo, não perca tempo. Tente outra coisa.” Entendi o seguinte: diante dos desafios e novos sinais dos tempos, use a criatividade prudente, a santa audácia. Se alguma coisa não funciona, experimente outra coisa. As transformações necessárias para uma sociedade mais justa e solidária são urgentes! Infelizmente, tenho compromissos estes dias e não poderei ir ao enterro, mas estarei presente "em espírito e oração" Fraternalmente, Dom Heriberto Hermes, O.S.B. Bispo da Prelazia de Cristalândia Um Obreiro Zeloso na Vinha do Senhor . . . Gostaria de partilhar o seguinte sobre o Bispo Dom Benedito Coscia, OFM. Era uma pessoa animada, alegre e zelosa, sempre “fazendo mais” pela Diocese de Jataí, Goiás. Era muito zeloso em recrutar obreiros para a vinha do Senhor na sua diocese. Nos fizemos amigos e colaboradores com sacerdotes e religiosas de várias partes dos Estados Unidos: Atchison, Kansas; os sacerdotes Graymoor, e as Irmãs de Joliet, Illinois; Camden, Nova Jersey, sacerdotes e vários grupos de outras regiões dos Estados Unidos, bem como vários sacerdotes espanhóis e brasileiros. Houve também dois voluntários papais dos Estados Unidos – um era enfermeiro e o outro um professor pelo método Montessori. É o amor de Dom Benedito a Deus, à Igreja e pelo povo brasileiro, e os seus incansáveis esforços pela promoção humana o que desejo aqui reconhecer. Irmã Josetta Maria Lonnemann, SFP Minhas lembranças de Dom Benedito Coscia são muitas. Foi ele quem fez o pedido às nossas Irmãs para serem missionárias no Brasil em 1961. Mas foi em outubro de 1989 que realmente pude conhecê-lo. Dom Benedito e sua irmã Miss Grace trouxeram sua querida mãe (Angela Coscia) do Brasil para o Centro Monte Alverno em Warwick. Era sempre uma ocasião muito especial quando Dom Benedito visitava os Estados Unidos e vinha passar alguns dias conosco. Certa vez, depois de uma visita, ele me escreveu contando como ele e sua irmã ficaram felizes em ver a mãe participando do nosso programa “Na plenitude da vida”. Vendo-a cantar e rir com os outros residentes foi uma grande alegria para eles. No dia 17 de janeiro de 1997 celebramos os 100 anos de Angela com uma Liturgia de Ação de Graças, seguida de uma festa, na presença de Dom Benedito e toda a sua família. Somente três dias depois nosso querido Senhor chamou Angela para o lar celestial. Procurei manter-me em contato com Dom Benedito e Miss Grace por carta e pelo telefone e ficava muito feliz cada vez que encontrava um envelope do Brasil na minha correspondência. Irmã Kathleen Reynolds, SFP Discípulos Unidos na Caminhada . . . Como nunca morei em Jataí, não cheguei a trabalhar diretamente com Dom Benedito Coscia durante os anos em que servi no Brasil. No entanto, logo após minha chegada, em visita às nossas Irmãs em Jataí conheci Dom Benedito. Devido à sua condição física e às longas distâncias que precisava viajar através da sua diocese por difíceis estradas de terra, seus amigos e benfeitores doaram a ele um pequeno avião à bordo do qual costumava levar outras pessoas generosamente, quando podia. Quando Dom Benedito ficou sabendo que Irmã Margie Ferri e eu estávamos voltando para Goiânia no mesmo dia em que também ele precisava viajar para lá, nos ofereceu uma carona. Como no avião só havia lugar para dois passageiros além do piloto e do co-piloto, acabei ocupando o assento do co-piloto! Fiqueir muito assustada e amedrontada no momento de decolar quando o manche (o volante do avião) à minha frente, começou a se mover sozinho e parecia estar deslizando para baixo. (Só depois fiquei sabendo que era conectado aos controles do piloto.) O vôo foi maravilhoso! Dom Benedito se divertiu com minhas exclamações de admiração contemplando do alto a beleza da região, a vista da sua diocese e a exuberância da criação de Deus! Sendo de pequeno porte, o avião voava baixinho e assim podíamos observar muitos detalhes sobre o solo. Chegando a Goiânia, o avião voou em círculos sobre a casa onde a pessoa que deveria nos aguardar no aeroporto estava hospedada. E ficamos girando no ar até vermos que uma pessoa havia saído da casa e entrado em seu carro. Só então continuamos voando até o aeroporto, admiradas com a criatividade do Bispo em suas comunicações! Conheci Dom Benedito como um Bispo muito bondoso, acolhedor, generoso e cheio de energia, e muito reconhecido pelo trabalho das nossas Irmãs em suas missões. Irmã Mary Jacinta Doyle, SFP Um Sacerdote Simples e Amável . . . Dom Benedito era um sacerdote simples e amável. As pessoas se sentiam B vontade conversando com ele. Ele foi muito influente na minha ida ao Brasil, em 1987. Foi ele quem me deu meu livro para estudar portuguls. Irmn Marie Martin Smith, SFP Lembro-me de Receber a Visita de Dom Benedito .Em 1963, enquanto servia em nossa segunda nova missno, em Jataí, por um breve período, fiquei doente. Passei trLs dias de cama com um problema grave na parte inferior da perna esquerda . Nno fazia a menor idéia que doença poderia ser aquela, nem Irmn Bernice, minha companheira e superiora na época. Como era nova no lugar, nno estava conseguindo encontrar um médico que me examinasse. Jä estava mal há quatro dias quando soube que tínhamos visita. Dom Benedito entrou no quarto com um casal. Me cobri com os lençóis da cabeça aos pés. Ouvindo falar da minha condiçno, ele me disse: “Irmn, durante os trLs dias em que a senhora sofreu com dores e febre, celebrei a Entronizaçno doméstica do Sagrado Coraçno de Jesus e do Imaculado Coraçno de Maria. Deus usou a senhora como uma alma sofredora para derramar Suas graças através da minha súplica que, eu espero, tenham tocado muitas das pessoas que estavam me ouvindo.” Irmn Madeline Marie Hill, SFP 

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