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sábado, 26 de setembro de 2009


A CULPA É DOS NOSSOS PAIS?


Desde antes de Cristo, já existiam aqueles que queriam colocar a culpa em alguém, podemos constatar tal fato no livro do Gênesis: “O Senhor Deus lhe replicou: - E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore proibida? O homem (Adão) respondeu: - A mulher (Eva) que me deste como companheira me ofereceu o fruto, e eu comi”. Nessa passagem da Sagrada Escritura, Adão, não quer assumir a responsabilidade por ter comido o fruto proibido, ele não teve dúvida em jogar a culpa em Eva. Querendo justificar-se diante do ocorrido, disse a Deus: foi ela que me ofereceu.
Assim como Adão somos nós, na condição de filhos, pois, quantas vezes culpamos nossos pais por tudo que aconteceu em nossas vidas. Várias vezes ficamos remoendo frases do tipo: se não sou nada nessa vida é culpa dos meus pais; se não tenho profissão e nem tão pouco um bom emprego é culpa deles; se hoje sou triste e revoltado é por que eles nunca me deram amor. Talvez, alguns que estão lendo esse escrito, um dia pensaram ou falaram assim: “é culpa dos meus pais sim, pois não pedi para nascer”.
Ficamos ruminando tais “ladainhas” quase que a vida inteira, “crucificando” nossos genitores por nossas inúmeras frustrações interiores e exteriores. Agimos assim, por que muitas das vezes só enxergamos nossos umbigos e nada mais, não temos coragem de dialogar francamente com eles. Mas, como dialogar se não aprendermos dialogar? Como não colocar culpa, se tudo indica que eles são culpados? Como amá-los se não conhecemos o amor?
Diante dos problemas que passamos na vida, queremos imediatamente dar respostas para tais. Por isso, utilizarei para responder algumas delas, uma frase do médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Augusto Cury, tirado de um dos seus inúmeros livros, que diz: “o milagre do amor gera o espetáculo do diálogo”. Logo, sem amor não temos diálogo, se tiver, o segundo sem o primeiro, aquele será deficiente. Porém, temos que ter cuidado com o termo amor, pois, como afirma a Carta Encíclica Deus Caritas: “tornou-se hoje uma das palavras mais usadas e mesmo abusadas, à qual associamos significados completamente diferentes”. Temos que entender a palavra citada como Amor Ágape, pois, “os escritores Cristãos descreveram geralmente o ágape, como exposto por Jesus, como uma expressão do amor que é incondicional e voluntário, isto é, não discrimina, não tem nenhuma pré-condição, e é algo que se decide fazer voluntariamente”. Esses conselhos são de suma importância para nascer nos relacionamentos paternais e filiais, as “libertações” de acusações.
Outra solução para amenizar tal “crise” familiar entre pais e filhos é fazer a “experiência” do escutar, pois, quando escutamos ficamos “desarmados”, só ai compreendemos o que o outro tem para falar. Em seguida, somos “livres” de todos os preconceitos que se alojaram um dia em nossas vidas. Escutar com o “coração” é a chave para compreendermos aqueles que conceituamos erroneamente de culpados.
Portanto, para realizar a experiência do diálogo, do amor e da escuta, não basta entender essas teorias racionalmente é preciso vivê-las proximamente da família, pois, “as pessoas moram na mesma casa, comem da mesma comida, respiram o mesmo ar, mas estão distantes uns dos outros”, avalia Cury.

Por: Wander Venerio C. de Freitas

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