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domingo, 7 de março de 2010

Entrevista com o Monsenhor José Luiz Magela (CR) nomeado Bispo para a Diocese de Jataí-Go

Nomeado bispo para a Diocese de Jataí (GO), monsenhor José Luiz Magela, convida para sua ordenação episcopal que será realizada no dia 27 de fevereiro, às 18h, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida(SP). O bispo ordenante será Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB e os co-ordenantes, o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno Assis e o bispo emérito diocesano, Dom Waldyr Calheiros de Novaes, que ordenou padre Magela sacerdote. Em entrevista ao O Diocesano ele conta detalhes de sua caminhada.  
1- O Diocesano: Como o senhor recebeu a notícia de que seria nomeado bispo? Monsenhor José Luiz: “O Sr. Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri, chamou-me à Nunciatura, aqui em Brasília. Na conversa particular recebi o  .................
comunicado de que o Santo Padre, Bento XVI, nomeava-me Bispo da Diocese de Jataí – GO. Fiquei surpreso e apreensivo. Como o clima era de diálogo fraterno, o Sr Núncio estimulou-me à aceitação, expressando contentamento, satisfação e apoio. Recordo as palavras ditas por mim naquela noite: para Deus nunca devemos dizer não. A Igreja, através do Papa Bento XVI, está confiando-me tão alta missão que é um caminho sem volta. Aceitei este chamado da Providência de Deus sem saber por que razão ele me escolheu; só ele sabe. Fui ordenado presbítero por Dom Waldyr Calheiros de Novais, na Comunidade Eclesial Nossa Senhora das Graças – Jd. Paraíba, em Volta Redonda – RJ, em 14 de março de 1981”.

2- O Diocesano: Conte como foi seu despertar vocacional?
Monsenhor José Luiz: “A minha vocação sacerdotal brotou no seio de minha família. Meus pais, José Luiz Delgado e Adalmira Cunha Delgado vindo de Juiz de Fora – MG, foram residir na Vila Mury. Uma família de vida simples e humilde. A participação na missa dominical e a recitação diária do terço em família marcaram a minha infância. Minha mãe participava da comunidade de Niterói como agente do dízimo, da campanha mensal do quilo (tanto a contribuição do dízimo como os alimentos arrecadados eram recolhidos de porta em porta. Mamãe levava-me consigo para esta missão), do apostolado da oração, da reza do terço nas casas do bairro nos meses de maio e outubro e visitava os doentes. Toda a primeira sexta-feira de cada mês o padre Eugênio visitava a nossa casa para receber a lista com o nome dos enfermos. A minha tarefa era levá-lo à casa de cada uma dessas pessoas. Foi este padre com o seu testemunho de dedicação ao povo pobre, com a preocupação da formação bíblico-catequética e da consciência crítica dos paroquianos e da fidelidade e amor ao sacerdócio, que exerceu forte influência na minha decisão vocacional”.

3- O Diocesano: Por que optou pela vida religiosa e a congregação redentorista?
Monsenhor José Luiz: “Ao conversar com o padre Eugênio a respeito do desejo de ser padre, tinha 13 anos na época, ele indicou-me o Seminário Redentorista Santo Afonso, em Aparecida – SP. Não procurei saber por qual razão. É claro que com o tempo entendi o motivo pelo qual ele, holandês de nascimento e ex-redentorista da Província do Rio de Janeiro, indicou-me à família redentorista de São Paulo. Quando entrei para o Seminário não sabia diferenciar o padre diocesano do religioso consagrado. Só com os anos é que fui conhecendo a diferença. A identificação com o carisma e a missão redentorista foi envolvendo a minha vocação. Passei 12 anos no Seminário para depois ser ordenado padre. Hoje tenho 33 anos de vida religiosa e 27 de sacerdote. Sou feliz e realizado com a missão e o compromisso que a família redentorista assume na Igreja”.
4- O Diocesano: Como foi seu trabalho de padre em Aparecida e em outros lugares?

Monsenhor José Luiz: “A maior parte do meu ministério sacerdotal foi empregada na formação dos futuros missionários redentoristas. Trabalhei 18 anos em Seminários, nas seguintes etapas de formação: aspirantado: período dos ensinos fundamental e médio – 8 anos; noviciado: período de preparação específica para a Vida Consagrada – 4 anos; e postulantado: período dos estudos de teologia – 6 anos. Durante todos esses anos concomitantemente fui vigário paroquial das comunidades onde se localizavam os Seminários. Atuei também pastoralmente no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida por quatro anos. Fui professor de teologia litúrgica durante seis anos; assessor da Conferência dos Religiosos do Brasil e, atualmente, Subsecretário Adjunto Geral da CNBB. O exercício do ministério foi nas seguintes cidades: Aparecida – SP, Tietê – SP, São Paulo – SP, São João da Boa Vista – SP, Sacramento – MG, Rio de Janeiro – RJ e Brasília – DF”.
5- O Diocesano: Qual trabalho desempenhava na CNBB? Como é trabalhar lá?

Monsenhor José Luiz: “Fui convidado pela atual Presidência da CNBB para exercer o cargo de Subsecretário Adjunto Geral. Função que comecei em julho de 2007 e terminei com a nomeação de bispo, em dezembro de 2009. A competência do Subsecretário é ajudar o Secretário Geral na coordenação do Secretariado Geral; na coordenação da Sede da CNBB; na supervisão dos trabalhos do Departamento de Pessoal; na coordenação dos trabalhos dos funcionários; na acolhida dos hóspedes e visitantes; no zelo e manutenção da casa; acompanhar o ecônomo nas questões administrativas da casa; na representação da CNBB, na ausência dos membros da Presidência, entre outros. Acolhi este trabalho como missão, serviço à Igreja no Brasil. A convivência com os bispos abriu-me novos horizontes a respeito da atuação da Igreja no nosso país. O testemunho de vários bispos deixou-me sensibilizado com a fidelidade desses homens para com Jesus Cristo, do amor à Igreja, do compromisso para com os pobres, da luta em favor da justiça e da vida. Trabalhar e residir na sede da CNBB foram para mim uma escola de vida”.

6- O Diocesano: Na diocese de Jataí (GO) o que pretende trabalhar de início?
Monsenhor José Luiz: “Antes de tudo vou conhecer as comunidades da diocese, acolher a caminhada e os desafios pastorais. Darei continuidade ao plano de pastoral em exercício, buscando intensificar a formação dos presbíteros e das lideranças laicais. Pretendo reforçar o Serviço de Animação Vocacional e aprimorar sempre mais a aplicação das Diretrizes da Ação Pastoral da Igreja no Brasil e as resoluções da Conferência de Aparecida”.
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7- O Diocesano: Como o senhor avalia a Diocese de B.Pirai Volta Redonda?
Monsenhor José Luiz: “O meu contato com a Diocese de Barra do Pirai-Volta Redonda é pequeno. A minha presença nesta região acontece apenas em períodos de férias, quando tenho a oportunidade de celebrar em algumas comunidades de Volta Redonda. A maior informação que tenho vem da leitura de O Diocesano. Percebo grandes passos, sobretudo na formação do laicato com o Instituto de Teologia Mons. Barreto, na busca do atendimento pastoral e social às áreas mais carentes da diocese, nos projetos missionários, principalmente nas comunidades locais amazônicas e, atualmente, no empenho das comunidades e do presbitério para a realização da Assembléia Diocesana”
8 – O Diocesano: Outras considerações?

Monsenhor José Luiz: “Sinto-me orgulhoso de ter recebido os primeiros ensinamentos cristãos na Igreja particular de Barra do Piraí-Volta Redonda. Foi a partir do testemunho de sacerdotes e dedicados leigos desta Igreja que fortaleci o seguimento a Jesus Cristo, motivando-me a sair em missão. Hoje, ao ser chamado por Deus e confirmado pelo Papa Bento XVI para ser bispo da Igreja, na diocese de Jatai – GO, levo em meu coração a imagem profética desta Igreja que me catequizou e me conferiu os sacramentos da Crisma, da Eucaristia e da Ordem. Agradeço a oportunidade de comunicar-me com os leitores do “Diocesano” e peço-lhes incluir-me sempre em suas orações. A todos confirmo minha oração, simples e pobre, mas persistente”.

Por: Jornal Diocesano -http://www.diocesevr.com.br/

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