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quarta-feira, 14 de março de 2018

OS MEUS PAIS SÃO OS CULPADOS !

OS MEUS PAIS SÃO OS CULPADOS !
Desde antes de Cristo já existiam aqueles que queriam colocar a culpa em alguém, pois não eram capazes de assumir seus atos. Podemos constatar tal fato no livro do Gênesis: “O Senhor Deus lhe replicou: - E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore proibida? O homem (Adão) respondeu: - A mulher (Eva) que me deste como companheira me ofereceu o fruto, e eu comi”. Esse versículo da Sagrada Escritura mostra claramente que Adão não quer assumir a responsabilidade por ter comido o fruto proibido, por isso ele jogar a culpa em Eva. Querendo justificar-se diante do
ocorrido, disse a Deus: foi ela que me ofereceu o fruto. Assim como Adão, existem vários homens querendo culpar alguém, principalmente nós enquanto filhos, pois, quantas vezes quisemos culpar nossos pais por tudo que aconteceu em nossas vidas. Várias vezes ficamos remoendo frases do tipo: se não sou nada na vida é culpa dos meus pais; se não tenho profissão e nem tão pouco um bom emprego é culpa deles; se hoje sou triste e revoltado é por que eles nunca me deram amor. Talvez, você que está lendo esse texto, um dia pensou assim pra se justificar: “é culpa dos meus pais sim, pois não pedi para nascer”.
Ficamos ruminando tais “ladainhas” quase que a vida inteira, “crucificando” nossos genitores por nossas inúmeras frustrações interiores e exteriores. Agimos assim, por que muitas das vezes só enxergamos nossos umbigos e nada mais, não temos coragem de dialogar francamente com eles pra saber o que aconteceu. Mas, como dialogar se não aprendermos dialogar? Como não colocar culpa, se tudo indica que eles são culpados? Como amá-los se não conhecemos o amor? Diante de tais questionamentos, utilizarei para responder alguns deles, uma frase do médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Augusto Cury, tirado de um dos seus inúmeros livros, que diz: “o milagre do amor gera o espetáculo do diálogo”. Logo, sem amor não temos diálogo, se tiver, o segundo sem o primeiro, aquele será deficiente. Porém, temos que ter cuidado com o termo amor, pois, como afirma a Carta Encíclica Deus Caritas: “tornou-se hoje uma das palavras mais usadas e mesmo abusadas, à qual associamos significados completamente diferentes”. Temos que entender a palavra citada como Amor Ágape, pois, “os escritores Cristãos descreveram geralmente o ágape, como exposto por Jesus, como uma expressão do amor que é incondicional e voluntário, isto é, não discrimina, não tem nenhuma pré-condição, e é algo que se decide fazer voluntariamente”. Esses conselhos são de suma importância para nascerem relacionamentos paternais e filiais, as “libertações” de acusações.
Outra solução para amenizar tal “crise” familiar entre pais e filhos é fazer a “experiência” do escutar, pois, quando escutamos ficamos “desarmados”, só ai compreendemos o que o outro tem para falar. Em seguida, somos “livres” de todos os preconceitos que se alojaram um dia em nossas vidas. Escutar com o “coração” é a chave para compreendermos aqueles que conceituamos erroneamente de culpados.
Portanto, para realizar a experiência do diálogo, do amor e da escuta, não basta entender essas teorias racionalmente é preciso vivê-las proximamente da família, pois, “as pessoas moram na mesma casa, comem da mesma comida, respiram o mesmo ar, mas estão distantes uns dos outros”, avalia Cury.

* O Maria concebida sem pecados, rogai por nós que recorremos a vós!

Wander Venerio Cardoso de Freitas
Especialista Em Ensino Religioso – Teólogo.

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