Do cálice da Última Ceia a um prego da
crucificação; da túnica da Paixão a um fragmento da Cruz Verdadeira: mistérios
visíveis
As relíquias são partes de restos mortais ou objetos que
pertenceram ou foram usados por santos, merecendo, por isso, respeito e
reverência especiais por parte dos fiéis. Entre as relíquias de maior valor, obviamente,
estão aquelas relacionadas diretamente com Jesus. O problema, neste caso, é o da autenticidade: das
dezenas de relíquias espalhadas pelo mundo que, alegadamente, seriam ligadas a
Cristo, a maioria não conta com embasamento histórico demonstrado, porque a sua
identificação foi feita entre o final da Idade Antiga e a Alta Idade Média e os
relatos a seu respeito são envoltos em lenda e tradição oral. Por outro lado, também é verdade que existem
indícios relevantes de que a maioria das relíquias desse tipo preservadas em
igrejas pode mesmo ter estado ligada de modo direto a Jesus. A própria Igreja
refutou milhares de falsas relíquias ao longo dos séculos e conservou aquelas
cuja história tem verossimilhança, deixando claro, no entanto, que o fundamento
da reverência a essas relíquias está em testemunhos que nunca puderam ser
comprovados de modo inquestionável. Por isso mesmo, não existe nenhum tipo de
“obrigatoriedade” religiosa de acreditar nessas relíquias: parte importante do
seu sentido é o de auxiliar no conhecimento dos fatos relacionados a elas, sem
necessariamente pretenderem servir como “provas materiais” desses fatos. Há relíquias especialmente fascinantes, como o
Santo Sudário, que desafia a ciência há séculos e que sempre surpreende com
novos e poderosos indícios de autenticidade baseados em análises de peritos em
diversas áreas do conhecimento científico. A respeito dele, você encontra
bastante informação acessando
esta página.
Quanto a outras relíquias que a tradição popular
identifica com a Paixão de Jesus, aqui vão 8 delas.