Corpus Christi 2024
Durante o ano, muitas datas são reconhecidas como feriados, sejam eles municipais, estaduais ou nacionais. Para a maioria das pessoas, feriados são momentos de pausa no trabalho e lazer. No entanto, alguns feriados têm um significado espiritual mais profundo, sendo considerados "dias santos". Esses dias são frequentemente dedicados à veneração de figuras religiosas ou entidades que atraem a devoção de multidões, como mencionado em 1 Coríntios 10:19-20.
Nós, cristãos, somos chamados a uma vida separada, comprometida com as verdades expressas claramente na Bíblia. O Espírito Santo nos revela que é incompatível com a verdadeira fé participar de certas tradições religiosas que ocorrem em algumas localidades. Como seguidores de Cristo, é prudente que, em nome de Jesus, rejeitemos qualquer poder espiritual que se oponha à nossa vida. Devemos viver esses dias com vigilância e consagração, como indicado em Mateus 26:41, para que não sejamos vulneráveis aos ataques espirituais.
Corpus Christi é uma celebração ao Corpo de Cristo. Adotada pela Igreja Católica, essa data comemora a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, através da transubstanciação do pão e do vinho em seu corpo e sangue. Segundo o Catolicismo, a hóstia consagrada se transforma literalmente no corpo e no sangue de Jesus.
A celebração de Corpus Christi tem suas raízes no século XII. Durante esse período, a Igreja viu a necessidade de enfatizar a presença real de Cristo no pão consagrado. Na Idade Média, as pessoas buscavam “contemplar” objetos sagrados, o que levou ao costume de elevar a hóstia após a consagração. Essa prática gerou uma devoção eucarística que, muitas vezes, era mais focada em ver a hóstia do que em participar plenamente da Eucaristia.
O Papa Urbano IV, com a bula "Transiturus" de 11 de agosto de 1264, instituiu oficialmente a Festa de Corpus Christi, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que ocorre no domingo após Pentecostes. Urbano IV, anteriormente conhecido como Tiago Pantaleão de Troyes, foi influenciado pelas visões da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que sentiu a necessidade de uma festa em honra à Eucaristia.
Juliana, nascida em Liège em 1192, ingressou no convento das agostinianas aos 14 anos e, aos 17, começou a ter visões que indicavam a falta de uma celebração específica para a Eucaristia. Ela confidenciou essas visões a Tiago Pantaleão, que mais tarde, como Papa Urbano IV, instituiu a festa mundial de Corpus Christi. No entanto, essa decisão só ganhou força anos após sua morte.
A primeira procissão eucarística aconteceu em Liège, em 1247, e a celebração se espalhou por outras regiões, como a diocese de Colônia, na Alemanha. Santo Tomás de Aquino, renomado teólogo e filósofo, foi responsável por compor os hinos e ofícios litúrgicos da festa, incluindo a famosa sequência “Lauda Sion Salvatorem”.
O Concílio de Trento, realizado entre 1545 e 1563, reafirmou a importância da festa, especialmente em resposta à Reforma Protestante. O concílio instruiu que a procissão eucarística fosse realizada publicamente como uma demonstração de fé na presença real de Cristo na Eucaristia.
O Código de Direito Canônico de 1983 mantém a orientação de que, onde for possível, a procissão eucarística deve acontecer em vias públicas, como um testemunho público de veneração à Santíssima Eucaristia. Os bispos, no entanto, têm a liberdade de escolher a melhor forma de garantir a participação do povo e a dignidade do evento.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos instituídos por Jesus na Última Ceia, quando Ele disse: "Este é o meu corpo... isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim". Por isso, Corpus Christi é sempre celebrado em uma quinta-feira, em lembrança da Quinta-Feira Santa, logo após o domingo de Pentecostes.
Essas informações são baseadas em fontes católicas e estão amplamente disponíveis na internet.