"De fato, meu querido padre, desde que perdi em vós um bom companheiro neste triste leprosário, não tenho tido mais que a visita momentânea de um irmão cada dois ou três meses. Ademais, a terrível doença (Lepra), cujo começo conheceis, faz progressos espantosos e ameaça impedir-me, talvez logo, de celebrar a Santa Missa e, não tendo outro sacerdote, eu me veria privado da santa comunhão e do santo sacramento. Tal privação é a que mais me custará e que tornará insuportável minha situação. Não é a doença e os sofrimentos o que me desencoraja; longe disso. Até aqui me sinto feliz e contente e, se me fosse dada a oportunidade de sair daqui em boa saúde, diria sem titubear: fico com meus leprosos" (maio de 1886).
(Carta de Pe. Damião de Veuster (São Damião de Molokai) ao Pe. Alberto Montiton)
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