Se você esteve atento aos POSTs dos últimos dias sobre a polêmica da Teologia da Libertação, percebeu que o grande debate aconteceu na década de 1980. Em 1984 foi publicada a primeira Instrução da Congregação para a Doutrina da Fé: Libertatis Nuntius. Em 1985 Leonardo Boff foi notifica por causa das afirmações contidas em seu livro IGREJA, CARISMA E PODER. Em 22 de março de 1986 a mesma congregação romana publica uma segunda instrução, mais positiva: Libertatis conscientia. O que não tem sido lembrado é que .....
poucos dias depois, no dia 9 de abril de 1986 o próprio Papa João Paulo II escreveu uma carta à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, encerrando a polêmica de modo equilibrado e positivo. É incrível que muitos teimem em esquecer esta importante carta do Magistério da Igreja sobre a Teologia da Libertação. Sugiro que você leia a íntegra no site do Vaticano:http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/letters/1986/documents/hf_jp-ii_let_19860409_conf-episcopale-brasile_po.html
Registro aqui o trecho mais pertinente para o nosso estudo, com o grifo de uma frase célebre:
“Deus nosso Pai e Jesus Cristo nosso Senhor esperam, espera a Igreja no Brasil com seus presbíteros, seus religiosos e religiosas e pessoas consagradas, e seus leigos de todas as condições, espera, em certa medida, todo o povo brasileiro que cada um dos seus Bispos seja:
– convicto e convincente proclamador da Palavra de Deus e, por isso mesmo, educador na fé, servo e mestre da Verdade revelada, especialmente da verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o homem;
– edificador da Comunidade eclesial e ao mesmo tempo sinal e princípio visível da continuada comunhão que deve ser a alma dessa Comunidade, sobretudo em meio a fermentos de divisão e perigos de ruptura, conflitos e ameaças de dilacerações;
– exemplo de verdadeira unidade com seus irmãos sacerdotes e com seus fiéis no seio da Igreja Particular; com seus irmãos Bispos no seio da Conferencia Episcopal e na Igreja Universal; com o Sucessor do Apóstolo Pedro e com seu ministério a serviço da catolicidade;
– “perfector” de seus sacerdotes e pessoas consagradas, pelo seu ensinamento e pelo testemunho da sua vida, e dispensador dos mistérios de santificação, através dos sacramentos, para todos os fiéis, sem discriminação;
– pastor e guia do povo a ele confiado, pêlos caminhos da vida e em meio às realidades deste mundo, rumo à Salvação;
– pai espiritual para todos, especialmente para os mais necessitados de orientação e ajuda, de defesa e protecção.
5. Tendo diante dos olhos essas indeclináveis exigências do seu serviço episcopal, os Senhores tem-se esforçado, sobretudo nos últimos anos, por encontrar respostas justas aos desafios acima referidos, sempre presentes, eles também, ao seu espírito. A Santa Sé não tem deixado de acompanhá-los nestes esforços, como faz com todas as Igrejas. Manifestação e prova da atenção com que compartilha esses esforços, são os numerosos documentos publicados ultimamente, entre os quais as duas recentes Instruções emanadas pela Congregação para a Doutrina da Fé, com a minha explícita aprovação: uma, sobre alguns aspectos da teologia da libertação ; outra, sobre a liberdade crista e a libertação . Estas últimas, endereçadas à Igreja Universal, tem, para o Brasil, uma inegável relevância pastoral.
Na medida em que se empenha por encontrar aquelas respostas justas – penetradas de compreensão para com a rica experiência da Igreja neste País, tão eficazes e construtivas quanto possível e ao mesmo tempo consonantes e coerentes com os ensinamentos do Evangelho, da Tradição viva e do perene Magistério da Igreja – estamos convencidos, nós e os Senhores, de que a teologia da libertação é não só oportuna mas útil e necessária. Ela deve constituir uma nova etapa – em estreita conexão com as anteriores – daquela reflexão teológica iniciada com a Tradição apostólica e continuada com os grandes Padres e Doutores, com o Magistério ordinário e extraordinário e, na época mais recente, com o rico património da Doutrina Social da Igreja, expressa em documentos que vão da Rerum Novarum à Laborem Exercens.
Penso que, neste campo, a Igreja no Brasil possa desempenhar um papel importante e delicado ao mesmo tempo: o de criar espaço e condições para que se desenvolva, em perfeita sintonia com a fecunda doutrina contida nas duas citadas Instruções, uma reflexão teológica plenamente aderente ao constante ensinamento da Igreja em matéria social e, ao mesmo tempo, apta a inspirar uma práxis eficaz em favor da justiça social e da equidade, da salvaguarda dos direitos humanos, da construção de uma sociedade humana baseada na fraternidade e na concórdia, na verdade e na caridade. Deste modo se poderia romper a pretensa fatalidade dos sistemas – incapazes, um e outro de assegurar a libertação trazida por Jesus Cristo – o capitalismo desenfreado e o coletivismo ou capitalismo de Estado . Tal papel, se cumprido, será certamente um serviço que a Igreja pode prestar ao País e ao quase Continente latino-americano, como também a muitas outras regiões do mundo onde os mesmos desafios se apresentam com análoga gravidade.
Para cumprir esse papel é insubstituível a ação sábia e corajosa dos pastores, isto é, dos Senhores. Deus os ajude a velar incessantemente para que aquela correta e necessária teologia da libertação se desenvolva no Brasil e na América Latina, de modo homogéneo e não heterogéneo com relação à teologia de todos os tempos, em plena fidelidade à doutrina da Igreja, atenta a um amor preferencial não excludente nem exclusivo para com os pobres.
FONTE:
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/letters/1986/documents/hf_jp-ii_let_19860409_conf-episcopale-brasile_po.html
Por: http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho
Atenção!Você que procura a verdade:
ResponderExcluirFicamos sabendo que o terceiro segredo de Fátima foi deturpado; aliás, todas as aparições famosas de Nossa Senhora foram sorrateiramente manipuladas pelo poder eclesiástico, e nós leigos, temos o dever de saber a verdade, porque o papa Bento XVI mostrou a Raymundo lopes os escritos originais da pastora Lúcia.
Favor acessar o site http://www.espacomissionario.com.br e tire suas próprias conclusões a respeito daquilo que Nossa Senhora verdadeiramente pretende com Suas aparições Mundo afora. Ela deixou bem claro, que Seu único intúito é de nos avisar da maior boa nova da história, o retorno de Jesus, que segundo Ela está muito próximo, iminente, e que este aviso seja feito pela igreja até 2012, caso contrário virão as dores anunciadas. Não faça como os fariseus, não pense que isto não lhe diz respeito , não faça ouvidos moucos, porque os prejudicados seremos nós mesmos. Isto é muito importante, é muito grave, é muito comprometedor…