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domingo, 6 de maio de 2012

Como um santo deve ser

Não havia uma pregação do Pe. Rufus em que ele não citasse esta passagem que lhe era tão cara. Segundo o padre, se todas as Bíblias se perdessem e só restasse este versículo, tudo estava salvo e a Boa Nova estava preservada. Conheci o Pe. Rufus no I Misericórdia Brasil, em 2009. A convite das irmãs do Instituto Hesed, organizadoras do evento e minhas amigas espirituais, fui chamada a prestar assistência nas traduções junto ao padre durante sua primeira visita a Fortaleza. Confesso que não tinha muito conhecimento sobre quem ele era e só depois percebi que se tratava de uma sumidade internacional em matéria de libertação, cura e exorcismo. Descobri isso não por causa das multidões que ele atraia, ou por causa do elevado posto que exercia na Associação Internacional de Exorcistas e na Associação Internacional do Ministério de Libertação, mas através do grande poder que vinha de sua pregação e do ....
ódio que o demônio tinha dele. Sendo ele também Doutor em Teologia Bíblica, o Pe. Rufus trazia em seus lábios e no cotidiano de sua vida a Palavra de Deus sempre viva e eficaz. Foi isso o que mais me inquietou e edificou em nosso primeiro contato. Ele tinha um ar tímido, sua pregação era simples, sem muita complexidade teológica, por vezes repetitiva e sem novidade aparente. Mas tinha poder! Não cansava. Parecia ser a primeira vez que se estava ouvindo o que ele tinha a dizer. Todos os que já o ouviram podem dar este testemunho. Foi o poder do Espírito Santo contido nas palavras do Pe. Rufus que geraram uma nova conversão em meu coração. Quando ele dizia “Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho único...” era como se ouvíssemos o próprio Jesus a falar. É verdade que os amigos, depois de tanto conviverem, começam a se parecer um com o outro. É inegável as semelhanças entre o Pe. Rufus e seu amigo Jesus. Era assim que ele mesmo dizia “eu só tenho um amigo: Jesus”.
Às vezes fico pensando como os santos dos dias de hoje se comportariam diante das situações mais absurdas que lemos todos os dias nos jornais e que vemos nas ruas. Diante do escândalo do aborto, das apelações sexuais na TV e meios de comunicação, da busca desenfreada pelo ocultismo e seitas, diante do sofrimento das pessoas... Vendo a vida do Pe. Rufus, hoje tenho uma boa imagem de como um santo deve ser: alegre, servidor, anunciador da verdade, denunciador da mentira, zeloso pelas coisas de Deus, piedoso, uma pessoa que pauta sua vida inteiramente no Evangelho, amigo de Jesus. Vejo que a via da santidade não é uma via inalcançável, mas é possível, está logo ali.
Recordo quando certa vez perguntei ao padre porque ele acabava sempre falando as mesmas coisas em suas pregações. Ao que ele me perguntou já com um sorriso no rosto “e sobre o que é que eu falo?”. Respondi “sobre o amor de Deus”. Ela abriu ainda mais o sorriso, levantou os ombros, abriu as mãos e disse “e tem outra coisa para falar além disso?”. Essa era a sua simplicidade. Seus exemplos, seus testemunhos, sua pregação sempre o remetia à Palavra de Deus. “Está tudo lá!”, dizia o padre se referindo às Escrituras e ao fato de que a resposta para todas as situações da nossa vida estão lá.
Conheci também a face do pastor zeloso, de Jesus quando expulsa os vendilhões do Templo. Descobri que os santos também não se alegram com a injustiça (I Cor 12,6), mas ao contrário, se irritam com o descaso com as ovelhas. Só havia um momento em que víamos o padre irritado: quando ele via o sofrimento das pessoas e as via “como ovelhas sem pastor”. Ele perguntava “onde estão os ministérios de libertação e cura? Onde está o pároco desta pessoa? Onde estão os padres desta cidade? Há quanto tempo esta pessoa está sofrendo assim e sem ninguém para ajudá-la?”.
Ele dizia que quando se tornou padre e, especialmente depois que o Senhor confiou a ele este ministério, comprometeu-se de servir 24 horas, 365 dias por ano sem parar. Ele atendia confissões 24 horas por dia. Recebia pessoas de outros países em sua paróquia a hora que fosse e dizia que havia colocado cadeiras para as pessoas se sentarem próximo à porta de seu quarto. Orientava seus irmãos no sacerdócio a se colocarem sempre disponíveis aos fiéis, pois dizia que as pessoas estão sofrendo e que só eles poderiam lhes dar o consolo da reconciliação. Essa é a face de um bom pastor. Após os inúmeros casos de exorcismo e libertação ministrados por ele, o grande sinal de que a pessoa estava liberta, segundo ele, era o sorriso e o abraço que davam no padre. De fato, a ovelha conhece a voz do pastor.
Eu poderia citar inúmeros outros casos e situações que tive a graça de presenciar ao lado do Pe Rufus. Resta apenas dizer que meu relacionamento com a Palavra de Deus, com os Sacramentos, com a Oração Pessoal e com o próprio Jesus não é mais o mesmo desde que o conheci. Agora treme o inferno pelo poder e a força de intercessão de mais um santo no Céu. Agora sim, recorramos mais ainda à ele, agora face a face com Jesus, e peçamos por milagres de libertação. Se algum dia nos depararmos com uma situação de aparente vitória do poder do mal e das insídias do demônio e se após muitas orações não obtivermos êxito, façamos o que o padre certa vez disse “diga ao demônio que é melhor ele ir embora, porque vocês são amigos do padre Rufus”.
Obrigada Jesus, por nos ter apresentado teu amigo Rufus!

Padre Rufus - Pregação
Emanuela Cardoso
Membro da Comunidade Católica Shalom
Fonte: http://www.comshalom.org

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