Assunto delicado de se abordar! Mexe com a sensibilidade feminina. Quem não ouviu as mulheres é melhor que se cale! Se discordar, é melhor que tenha argumentos! Elas não estão mais tolerando que homens lhes digam o que fazer com seus corpos. As mulheres, sabem se o que aconteceu nesses últimos quarenta anos foi melhor ou foi pior para elas e para a sociedade. Sabem se foi bom terem os filhos que quiseram ter e não ter os que não quiseram. Mas há o outro lado da moeda. Os maridos e os estudiosos de comportamento humano. Quem viu e teve de lidar com as consequências da liberação sexual a partir dos anos 60 também não deve se calar. Primeiro falem as mulheres, mas que falem também os outros! Elas tiveram filhos ou abortaram e por isso o assunto não ficou apenas no universo feminino. Houve consequências para ..............
seus maridos, seus filhos homens e suas filhas mulheres. Herbet Marcuse as dissecou no seu livro Eros e Civilização, Jean Baudrillard no seu A Transparência do Mal e centenas de psicólogos, psiquiatras e sociólogos entraram de rijo no assunto: “quero ser mãe”, “não quero ser mãe” . O mundo não é mais o mesmo desde o advento e a disseminação da pílula. Ela libertou a mulher para o bem e para o mal. Vivemos agora a segunda geração pós-pílula. Suas netas e bisnetas estão de namoro e de paquera e algumas aos quinze anos, já dormem com seus namorados porque existe a pílula. Convém ouvir os ginecologistas. Eles podem dizer com conhecimento de causa se a pílula anticoncepcional trouxe mais benefícios do que malefícios e efeitos colaterais. Eles sabem se a ingestão daquelas substâncias afetou o corpo e amente das mulheres. Mulheres obstetras e ginecologistas, ainda mais elas, devem ser ouvidas. Sacerdotes cristãos precisam ouvi-las antes de dar conselhos. É evidente que um fármaco que atinge o aparelho de reprodução feminino atinge a mulher. La está interferindo num mecanismo que só ela sabe o que causa nela. Mas quando ouço o argumento de que o corpo da mulher só a ela pertence pergunto se o corpo formado dentro dela também pertence a ela a ponto de ninguém além delas poder opinar. Hoje que se fala em camada de ozônio e no gás que gerou o famoso buraco na atmosfera pergunto se os estudiosos que questionaram nos anos após guerra a utilização daquele gás mereciam ter sido rejeitados e silenciados. O eu estava em pauta eram possíveis bilhões e aparelhos que beneficiariam a humanidade. Mas eles alertaram para possíveis efeitos. O mesmo fez Litze Meiner, a cientista que se negou a participar da construção da bomba atômica em Los Álamos, USA. A pequena drágea libertou a mulher da escravidão da gravidez indesejada, foi um tipo de bomba de efeito ético e moral. Mudou o comportamento sexual das mulheres. As mães cujas filhas adolescentes hoje levam pílula e camisinha na bolsa e viajam com seus namorados deveriam estar mais seguras. Por que será que não estão? É que pílula e camisinha impedem a concepção, mas nem sempre ajudam a enraizar conceitos. Com relação ao sexo essa geração parece não ter mais preconceitos, mas será que tem conceitos? É aí que as mães deveriam ser ouvidas. São?
Fonte:http://www.padrezezinhoscj.com
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