O conceito de terceirização pode ser definido “vulgarmente” como: delegar a um terceiro a responsabilidade de algo. Quando delegamos, significa que confiamos, acreditamos, damos crédito, melhor dizendo é quem irá realizar alguma ação em nosso lugar, digno de confiança.
O leitor
deve estar se perguntando: aonde ele quer chegar com isso? Pois bem, não quero
nesse texto tratar da literalidade da palavra terceirização e sim, utiliza lá
metaforicamente e comparadamente com a realidade social.
Atualmente
mais que antigamente, os pais, estão mais ocupados em seus afazeres
profissionais do que o familiar. Uns saem de casa as 6 h da manhã e só retornam
para seus lares ao findar do dia. Trabalhar cotidianamente é realidade na vida
da grande maioria da população brasileira, isso tudo para colocar na mesa “o
pão nosso de cada dia”.
Presente
no mundo moderno, essa realidade é vivida por nossos genitores com muito
afinco. Acompanhada de algumas conseqüências, a meu ver, a mais preocupante é a
terceirização dos filhos. Ela ocorre quando nossos pais delegam suas
responsabilidades paternais aos cuidados da: televisão, empregada doméstica,
avós, babás, esportes, computador, internet, jogos em lan-house, vizinhos e
tantos outros “pais”.
Não
podemos ser fundamentalistas ao extremo, dizendo que a televisão, a internet ou
outrem, não contribuem salutarmente para educação dos filhos. Desqualificá-los
literalmente? Jamais! Cada um deles têm seus devidos papeis a cada tempo da
vida desde que utilizadas de forma moderada e adequada. Por outro lado, é
função dos pais discernirem acerca dessas delegações se estão contribuindo de
forma positiva ou negativa, ou se estão aptos ou não pra dá conta do “recado”.
Outro fator importante é o papel fundamental que o pai e a mãe têm na criação
dos seus filhos. Nenhum deles é mais importante que o outro, cada um tem o seu
devido lugar na criação.
Diante do
exposto, talvez ainda suja a seguinte indagação: então o que fazer se tenho que
trabalhar? Pois, se eu não o fizer meus filhos não comem, não vestem, não estudam
etc. Responderia aos pais com outra pergunta que eles deveriam se fazer: quando
chego do trabalho, dou o devido carinho, amor, atenção, afeto, conversa que
eles tanto precisam? Pois, é o único tempo que tens para ficar com eles.
Não sei se
tal realidade é a sua, só sei que a terceirização é um fato e que sempre
existirá em nossa sociedade. O que não poderá deixar de existir são os
encontros e os reencontros entre pais e filhos, não importa que seja antes ou
depois de qualquer situação, o importante será o ato de encontrar.
Wander Venerio Cardoso de Freitas
Especialista em Ensino Religioso – Teólogo.
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