Superando o Vício da Pornografia
Tenho recebido muitos e-mails de jovens que buscam orientações sobre como se libertar do vício de acessar sites pornográficos. É um problema que se intensifica, especialmente com a facilidade proporcionada pela Internet, e muitos já consideram isso uma dependência. Infelizmente, também noto que casais, onde um dos cônjuges pode ser surpreendido consumindo esse tipo de conteúdo, estão enfrentando essa questão. Já recebi mensagens de esposas que, alarmadas, se perguntam se devem abandonar seus maridos, mas a resposta é não! É fundamental compreender que se entregar à pornografia é condenável pela moral cristã. O Catecismo da Igreja Católica a classifica entre os pecados graves contra a castidade, mencionando: “Entre os pecados gravemente contrários à castidade, estão a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais” (§2396).
Portanto, um cristão não deve se deixar levar por essa prática pecaminosa. É essencial lutar contra esse vício, contando com a graça de Deus e a força de vontade. Antes de tudo, não se desespere. Mantenha a calma e não desanime. O mais importante é perseverar na luta até dominar a situação. Jesus nos ensinou que aqueles que perseverarem até o fim serão salvos. Mesmo que ocorram recaídas, levante-se e retome a batalha. A grande recomendação de Jesus aos Apóstolos foi: “vigiai e orai” para não cair em tentação.
Duas orientações importantes:
Reze com frequência! Peça ajuda a Deus, à Virgem Maria, a São José, aos anjos e santos. Comungue sempre que possível e solicite a Jesus, na Eucaristia, a graça de libertação. Se houver uma queda, não hesite em se confessar, mesmo que isso aconteça repetidamente, pois a Confissão proporciona forças para vencer o vício. Converse abertamente com seu confessor sobre a questão; ele já ouviu isso muitas vezes e poderá ajudá-lo.
Vigie! Isso significa evitar as ocasiões de pecado, o que é uma fuga heroica. Não abra sites pornográficos, não leia revistas imorais, não assista a filmes impuros e evite acessar o computador se não puder se controlar. Clame pela força de Deus e pela intercessão dos santos e da Virgem Maria nesses momentos difíceis.
“Algumas vezes, encontrei-me em perigo de morte, mas fui libertado pela graça de Deus” (Eclo 34,13). É crucial que você tome a decisão de não acessar sites pornográficos “por amor a Jesus”, que morreu por você na cruz. Ofereça a Ele este “jejum de pecado” e peça que Seu precioso Sangue o ajude. Nosso Senhor certamente apreciará seu esforço. E o mais importante: nunca desista! Não desanime! Continue lutando… Sei que essa é uma batalha comum a muitas pessoas.
Às vezes, para vencer uma guerra, é preciso superar muitas batalhas, mas faça isso uma de cada vez. Uma dessas batalhas é desintoxicar a alma do veneno da sexualização que nos rodeia, especialmente nas modas e meios de comunicação. Santo Agostinho nos lembrava que tudo que invade nossa alma entra pelas “janelas”, que são os sentidos: olhos, ouvidos, boca, mãos e nariz. Portanto, é fundamental fechar as “janelas da alma” para que as tentações não entrem. Evite deixar que sua alma seja excitada por conteúdos imorais; feche os olhos e ouvidos para tudo que possa lhe estimular.
Mate o pecado na raiz!
A Bíblia nos ensina que quem abusa das ocasiões cai em pecado. O ditado popular diz que “a ocasião faz o ladrão”, e na verdade, “quem ama o perigo, nele perecerá” (Eclo 3,27).
Gostaria de falar às esposas que descobriram seus maridos consumindo pornografia: não se desesperem! Ajudem-nos, com firmeza e carinho, a vencer esse vício. Exijam essa mudança para o bem deles e do casamento. Essa tentação é especialmente forte para os homens, e eles precisam de apoio para superá-la. A ajuda da esposa, através do amor e da oração, é vital. Não estou aqui justificando o erro deles, mas a esposa deve exigir essa mudança e, ao mesmo tempo, oferecer apoio. Essa situação não precisa abalar ou destruir um casamento. Juntos, marido e mulher devem dialogar e superar o problema, o que se tornará uma bela vitória para ambos e para a família.
Fonte: Livro “O Brilho da Castidade”, Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas. Cleofas.
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