Pe. Leonel Franca S.J.: “A Igreja, a Reforma e a Civilização”, Livro III, Capítulo III, 1. Igreja, Reforma e Moral:
A moral escrava dos apetites contraditórios“O protestantismo foi o último galho lascado da árvore católica. Seus restos cobrem ainda larga parte da Europa setentrional.
“Aos olhos de observadores superficiais apresenta ainda o viço de uma verdura luxuriante. Mas são apenas folhas. Flores e frutos já os não produz.
“A mesma infecundidade moral que esterilizou as outras revoltas religiosas feriu também a do monge saxônio.
“Procurai os santos do protestantismo em quatro séculos de existência, inquiri do heroísmo dos seus filhos, investigai-lhes os milagres que são sigilo da divindade; não encontrareis, sob estes títulos, senão páginas em branco.
“Homens honestos, virtudes cristãs que não transcendem os limites da mediocridade, é o mais que nos podem oferecer os seus anais.
“A graça, nos segredos insondáveis da sua ação sobrenatural, pode ainda fecundar a boa fé e a intenção reta dos extraviados.
“Mas o segredo do heroísmo cristão, esse perdeu-se para as almas de escol, enquanto as grandes massas, destruídas as barreiras preservadoras, se precipitaram, sob a impetuosidade torrencial das paixões, nos grandes excessos, que cedo ou tarde acarretam a completa, dissolução da vida moral e religiosa.
“É esta decadência do protestantismo que ora nos cumpre esboçar. Distinguiremos no nosso estudo duas questões: a questão de direito e a questão de fato.
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