Prática da mortificação
A prática da mortificação sempre foi uma estrada sagrada para aqueles que desejam aprofundar sua vida espiritual e se unir a Deus. O livro Mortificação da Vontade: Seguindo os Passos dos Grandes Santos da Igreja Católica explora esse tema com sabedoria, trazendo ensinamentos dos santos que viveram essa prática intensamente. Inspirados em figuras como Santo Agostinho, Santa Teresa de Ávila, São Francisco de Assis e Santa Teresinha do Menino Jesus, neste artigo vamos ver como a mortificação da vontade se torna um caminho de renovação e transformação interior para quem almeja crescer na fé.
O Que é a Mortificação da Vontade Segundo os Santos da Igreja?
No contexto dos santos da Igreja, a mortificação da vontade significa a renúncia aos desejos egoístas e a busca pela conformidade à vontade divina. Cada santo compreendeu que o verdadeiro crescimento espiritual envolve disciplinar o próprio coração e, assim, tornar-se mais disponível a Deus.
Renúncia e Purificação Espiritual: Inspirado por Mortificação da Vontade, entendemos que os santos viam na renúncia um meio de purificar o coração. Ao praticarem a mortificação, eles buscavam despojar-se dos desejos pessoais, anseios e vaidades, preparando a alma para a verdadeira comunhão com Deus.
Imitação de Cristo: Tal como descrito no livro, os santos sempre tomaram o exemplo de Cristo como guia. Jesus, ao oferecer-se totalmente por amor, tornou-se o maior exemplo de mortificação da vontade. Seguir os passos d’Ele é um convite a renunciar ao próprio ego em prol da vontade divina.
Práticas de Mortificação Usadas pelos Santos
Cada santo desenvolveu formas únicas de praticar a mortificação, sempre voltadas para a união com Deus. Aqui estão algumas práticas tradicionais:
1. Jejuns e Abstinências
Para santos como Santo Agostinho e São Francisco de Assis, a privação de alimentos e outros prazeres sensoriais foi uma prática comum. Esses jejuns tinham um objetivo claro: fortalecer a alma, subjugando as inclinações corporais para focar no que realmente importa – a união com Deus.
2. Vigílias e Orações Noturnas
Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz passavam noites em oração, mortificando o cansaço físico para oferecer a Deus cada momento de vigília. Mortificação da Vontade explora como essas práticas desenvolvem um profundo desapego das comodidades e preparam a alma para a graça divina.
3. Silêncio e Contemplação
O silêncio, para santos como São Bento, é mais do que a ausência de palavras. Ele é uma prática de mortificação interior, de renúncia ao ruído que afasta da presença de Deus. Cada minuto de silêncio era uma oportunidade para ouvir a voz divina e fortificar o espírito.
4. Pequenos Sacrifícios Diários
O livro destaca o caminho da “pequena via” de Santa Teresinha do Menino Jesus, onde as pequenas renúncias do dia a dia eram oferecidas como atos de amor. Ela nos ensina que, ao mortificarmos pequenas vontades e desejos, abrimos espaço para a paz e o amor de Deus.
Discernimento e Prudência na Prática da Mortificação
Assim como Mortificação da Vontade ensina, a prática da mortificação deve ser equilibrada e prudente. O acompanhamento espiritual é essencial para que a mortificação não se torne um ato de orgulho ou de autossuficiência, mas um caminho de humildade e amor.
A Importância do Diretor Espiritual: Os santos não praticavam a mortificação sem orientação. Eles compreendiam que o conselho espiritual ajuda a ajustar a intensidade e o tipo de mortificação de acordo com as necessidades da alma, sempre com equilíbrio.
Mortificação Interior: Muito mais do que mortificações físicas, os santos praticavam mortificações interiores, como o controle de pensamentos, julgamentos e vaidades. Através da renúncia de impulsos egoístas, eles buscavam conformar-se à vontade de Deus em todos os aspectos da vida.
Aplicando a Mortificação na Vida Moderna
Inspirado nos exemplos dos santos, o livro Mortificação da Vontade nos lembra que, mesmo na vida moderna, a prática da mortificação é possível e poderosa. Pequenas renúncias e disciplina espiritual podem nos ajudar a fortalecer a fé e a conexão com Deus.
Moderação no Consumo de Redes Sociais e Entretenimento: Para muitos, a mortificação moderna pode envolver a redução do tempo gasto com distrações digitais, dedicando mais tempo à oração e à meditação.
Sacrifícios Diários e Simplicidade: Optar por uma vida simples, com menos consumismo e maior generosidade, é uma prática de mortificação que agrada a Deus e fortalece a alma, como nos exemplos inspiradores dos santos.
Desapego dos Bens Materiais: A renúncia ao acúmulo e a prática da caridade são formas de viver a mortificação em prol do próximo, seguindo o modelo dos santos.
Conclusão
A mortificação da vontade, como revelada em Mortificação da Vontade: Seguindo os Passos dos Grandes Santos da Igreja Católica, é um caminho de crescimento espiritual e um ato de amor a Deus. Inspirados pelos santos, somos chamados a buscar esse desapego, purificando nossas intenções e cultivando um espírito de humildade. Ao aplicarmos essas práticas de mortificação em nossas vidas diárias, podemos experimentar uma transformação interior, aproximando-nos cada vez mais do amor e da paz que só Deus pode oferecer.
Se você deseja mergulhar ainda mais nesse caminho, o livro Mortificação da Vontade é uma leitura essencial para aprender com os maiores santos da Igreja e aplicar essas lições eternas à vida cotidiana.
POR: WANDER VENERIO CARDOSO DE FREITAS - ESCRITOR / TEÓLOGO / EDUCADOR.
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