O adultério é um dos pecados mais antigos e graves que a humanidade enfrenta. Na sociedade moderna, onde valores e virtudes muitas vezes são relativizados, é essencial que os católicos tradicionais se mantenham firmes na fé e na moral ensinada por Jesus Cristo.
O Catecismo da Igreja Católica é claro ao definir o adultério como uma ofensa direta ao sacramento do matrimônio e, por consequência, a Deus.
O que é o adultério?
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (CIC 2380), o adultério “é a infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais ao menos um é casado, têm uma relação sexual, cometem adultério. Cristo condena também o desejo de adultério. O sexto mandamento e o Novo Testamento proscrevem absolutamente o adultério.”
A gravidade do adultério não se limita apenas ao ato físico. Jesus, em Sua infinita sabedoria, foi além das aparências externas e também condenou o desejo impuro em relação ao próximo, como vemos em Mateus 5,27-28: "Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela no seu coração."
Por que o adultério é um pecado grave?
O adultério não é apenas uma traição ao cônjuge, mas uma traição ao próprio Deus, que instituiu o matrimônio como uma união sagrada e indissolúvel. Essa quebra do compromisso conjugal é vista pela Igreja como um ataque à família, que é a célula base da sociedade e da Igreja.
O Catecismo ensina que os pecados contra o matrimônio, como o adultério, quebram o laço de confiança e amor que deveria refletir a união de Cristo com Sua Igreja (Efésios 5,25-32). Isso fere profundamente a dignidade humana, a fidelidade e a ordem da criação divina.
A importância da confissão
Quando alguém comete adultério, está em estado de pecado mortal. Isso significa que, se não houver arrependimento e confissão, a alma está em grave perigo de perder a salvação eterna. O Catecismo (CIC 1855) nos ensina que o pecado mortal "destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave à lei de Deus".
Portanto, quem comete adultério precisa buscar o sacramento da confissão o quanto antes, com verdadeiro arrependimento, para receber o perdão de Deus. São João Maria Vianney, o padroeiro dos sacerdotes, dizia: "O bom Deus sabe tudo. E mesmo quando estamos em pecado, Ele nunca deixa de nos amar. Mas quando confessamos, nos tornamos novamente puros aos Seus olhos."
Como buscar o perdão?
O primeiro passo para se reconciliar com Deus é reconhecer o erro. Santo Agostinho, em suas Confissões, escreveu: "Tarde te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que habitavas dentro de mim, e eu, lá fora, te procurava." O adultério nos cega para a verdadeira beleza do matrimônio e nos afasta da graça de Deus. Mas, pela confissão, podemos restaurar essa beleza em nossas vidas.
É fundamental que o arrependimento seja sincero. Santo Tomás de Aquino ensinava que "não pode haver perdão de pecados sem arrependimento". Ou seja, o simples ato de confessar não basta; é necessário um profundo desejo de mudança.
Viver na graça de Deus
Após a confissão, é essencial que o penitente faça o esforço de mudar seu comportamento, evitando ocasiões de pecado e fortalecendo sua vida espiritual. A oração, a leitura das Sagradas Escrituras e a frequência à Santa Missa são meios poderosos para crescer na fé e resistir às tentações.
A Igreja nos dá a esperança de que, mesmo em meio aos nossos pecados, há sempre um caminho de volta para Deus. Santa Faustina Kowalska, conhecida como a Apóstola da Divina Misericórdia, escreveu: "Quanto maior o pecador, tanto maiores direitos ele tem à Minha misericórdia." Ela nos lembra que a misericórdia de Deus não tem limites para os que se arrependem verdadeiramente.
O adultério é, sem dúvida, um pecado grave que coloca a alma em risco. No entanto, pela misericórdia de Deus e através do sacramento da confissão, é possível restaurar a graça perdida. Para os católicos tradicionais, é um chamado a permanecer firmes na fé, reconhecendo a gravidade dos pecados contra o matrimônio e buscando sempre a reconciliação com Deus.
Se você ou alguém que você conhece está lutando contra esse pecado, lembre-se: Deus é infinitamente misericordioso. Confesse-se, arrependa-se e reconstrua sua vida na graça divina. Como disse São João Paulo II: "Não tenhais medo! Abri, antes, escancarai as portas a Cristo!"
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